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Petróleo Brent a US$ 79,89, WTI a US$ 75,59 

Resumo:

  • Ligeiro aumento no preço do petróleo: O petróleo Brent subiu 2 centavos, para US$ 79,89 por barril.
  • Garantias da OPEP+: A Arábia Saudita e a Rússia sugeriram potenciais pausas ou reversões nos acordos de produção para estabilizar os preços.
  • Prorrogação dos cortes de produção: A OPEP+ prolongou a maioria dos cortes de produção até 2025, com flexibilidade para ajustar, se necessário.

Os preços do petróleo registaram uma ligeira subida na sexta-feira, após garantias dos membros da OPEP+, Arábia Saudita e Rússia, indicando uma potencial pausa ou reversão nos seus acordos de produção. Apesar disso, os mercados caminham para a terceira semana consecutiva de perdas, refletindo um cenário complexo para o mercado petrolífero global.

Na sexta-feira, os futuros do petróleo Brent subiram 2 centavos, para fechar em US$ 79,89 por barril, enquanto os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) aumentaram 4 centavos, atingindo US$ 75,59 por barril. Os ganhos modestos foram em grande parte atribuídos aos comentários de apoio dos principais membros da OPEP+. Jun Rong, estrategista de mercado da IG, observou: “Os preços do petróleo conseguiram recuperar algum terreno nos últimos dias”. Ele sugeriu ainda que os preços do petróleo podem oscilar em torno do nível de US$ 76 a US$ 80, à medida que o mercado busca estabilidade e procura sinais sobre os próximos passos.

A Arábia Saudita e a Rússia desempenharam papéis fundamentais na tentativa de reforçar a confiança do mercado na quinta-feira. As suas garantias seguiram-se à última reunião da OPEP+, que deixou os analistas a projetar um aumento na oferta – um fator geralmente pessimista para os preços. No entanto, a ligeira recuperação foi insuficiente para contrariar a tendência de descidas semanais.

Decisões de fornecimento da OPEP+ e impacto no mercado

A recente reunião da OPEP+ resultou num acordo para prolongar a maioria dos cortes de produção até 2025. No entanto, oito membros estão autorizados a anular gradualmente os seus cortes voluntários. Este movimento estratégico visa gerir a oferta e manter a estabilidade dos preços.

Além disso, o Ministro da Energia saudita enfatizou a flexibilidade da coligação. Ele afirmou que a OPEP+ poderia interromper ou reverter os aumentos voluntários da produção se as condições de mercado justificassem tais ações.

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, também expressou confiança na capacidade da OPEP+ de reagir rapidamente às incertezas do mercado. Novak destacou que a queda de preços pós-reunião foi influenciada por uma má interpretação do acordo e por fatores especulativos. Ele reiterou o “ponto ideal” para os preços da OPEP+ na faixa de US$ 80 a US$ 70 por barril. Apesar das sanções e dos ataques de drones terem reduzido alguns volumes russos, o impacto global continua a ser administrável.

Fatores econômicos e perspectivas futuras

Para além da dinâmica imediata da oferta, fatores econômicos mais amplos também estão influenciando os preços do petróleo. A decisão do Banco Central Europeu de cortar as taxas de juro pela primeira vez desde 2019 poderá sinalizar um movimento semelhante por parte do Federal Reserve (Fed) dos EUA. As taxas de juros mais baixas normalmente impulsionam a procura de petróleo, tornando os empréstimos mais baratos e estimulando a atividade econômica.

Além disso, os dados sobre as folhas de pagamento não agrícolas dos EUA para maio, divulgados na sexta-feira, podem fornecer mais informações sobre o momento de potenciais cortes nas taxas por parte do Fed. Estes indicadores econômicos são cruciais, pois moldam as expectativas do mercado e influenciam o sentimento dos investidores.

No contexto global, a China, o maior importador mundial de petróleo bruto, reportou importar 46,97 milhões de toneladas métricas de petróleo bruto em maio. Este volume substancial de importações sublinha o papel significativo da China na procura global de petróleo.

O delicado equilíbrio entre decisões de oferta, indicadores econômicos e fatores geopolíticos continuará a moldar o futuro do mercado petrolífero. Enquanto os participantes no mercado aguardam por mais sinais, a importância da flexibilidade estratégica da OPEP+ e do contexto econômico mais amplo se tornam fundamentais.



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